Giovane Zuchetto, 30 anos, foi alvo de disparos antes de jogo com o CSA, há 10 dias Tiroteiro deixa feridos nas proximidades da Arena antes de jogo
Uma noite de futebol se tornou em drama para o barbeiro Giovane Zuchetto, 30 anos. O sócio do Grêmio foi atingido por duas balas perdidas ao ser surpreendido na chegada à Arena por um tiroteio horas antes de o Tricolor enfrentar o CSA, no dia 20 de maio, pela Copa do Brasil.
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Dois homens em uma moto dispararam contra um grupo que estava nas proximidades de um bar. Houve revide do outro lado. Quatro pessoas ficaram feridas, duas delas com antecedentes criminais, conforme a Polícia Civil. Dois torcedores, porém, foram atingidos por engano, segundo a investigação, entre eles Giovane.
O barbeiro acabara de desembarcar do carro na Praça Aparício Silva Rillo, no bairro Farrapos, há 400 metros da casa tricolor, e se dirigia ao estádio para ver o time do coração jogar a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil – seria eliminado naquela noite.
– Complicado. Lembrar é difícil, naquele momento via a perna sangrando. A gente se apavora. Não é fácil acordar todo dia cedo, trabalhar, jogar bola e, agora, depender 100% dos outros. Difícil ter uma vida ativa e, de uma hora para outra, passar a depender dos outros. Sem ter para onde correr, literalmente – afirmou Giovane, pai de um filho de três anos em entrevista ao ge.
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Giovane Zuchetto, torcedor do Grêmio baleado nos arredores da Arena
Arquivo Pessoal/Instagram
Apesar de o atendimento ser coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o torcedor precisou procurar especialistas, fazer exames particulares e custear curativos e medicamentos em farmácias, o que lhe causou despesas incompatíveis com o orçamento doméstico.
Sócio de uma barbearia no bairro Passo D’Areia, na zona norte, o gremista está sem trabalhar desde então. Para se locomover, precisa de muletas e não poderá apoiar o pé no chão por 90 dias. A previsão dos médicos para retomar a profissão a pleno é apenas em setembro.
Com dívidas e sem perspectiva a curto prazo, Giovane criou uma vaquinha para arrecadar recursos e cobrir os gastos do tratamento.
Além de buscar o auxílio-doença do INSS, planeja se desfazer de um barco comprado no ano passado e que foi muito utilizado pelo barbeiro para resgatar pessoas durante a enchente de maio de 2024 no Estado.
Na época, arrecadou R$ 26 mil para ajudar quem precisava. Agora, é ele quem precisa de auxílio.
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