Diretoria do Gavião disse que vice do Robô invadiu cabine junto com seguranças e teria incitado confusão após o jogo. Robô diz que acusações configuram ataque direto à honra e à integridade moral O duelo amazonense da Série D de sábado (28), no estádio Ismael Benigno (Colina), terminou no empate em 2 a 2, pela 10ª rodada. Mas parece que os ânimos entre os clubes extrapolaram o campo e chegaram às diretorias dos dois clubes, que trocaram acusações após o jogo por conta da transmissão da partida.
Manaus e Manauara trocaram acusações
Reprodução
O primeiro a emitir nota oficial foi o Manaus, que acusou o vice-presidente do Manauara, Marcus Souza, de ter impedido que membros do Gavião transmitissem o jogo por seus canais. Segundo o documento, o dirigente do Robô teria invadido a cabine de transmissão com seguranças para impedir a transmissão, apesar de, segundo o a diretoria esmeraldina, ter seguido todos os protocolos da CBF.
A diretoria do esmeraldino disse ainda que o vice-presidente também teria sido “um dos instigadores da confusão generalizada pós-jogo, na zona de entrada do vestiário das equipes”.
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Confira a nota oficial do Manaus:
O Manaus Futebol Clube vem a público repudiar veementemente a falta de respeito e profissionalismo exercida pelo vice-presidente do Manauara Esporte Clube, Marcus Souza, que, de forma inesperada, enviou seguranças do clube para invadir a cabine e derrubar a transmissão da Manaus FCTV no jogo deste sábado (28/06), no estádio Ismael Benigno, entre Manauara e ManausFC, válido pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro Série D 2025. Destacamos que o Gavião Real seguiu todas as normas estabelecidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a transmissão da partida, recebendo a autorização devida da entidade máxima do futebol brasileiro e cumprindo todo o protocolo legal.
Vale ressaltar que a forma truculenta com a qual nossa equipe foi tratada escancara a falta de preparo dos “profissionais” do Manauara, capitaneada por seu vice-presidente, que inclusive foi um dos instigadores da confusão generalizada pós-jogo, na zona de entrada do vestiário das equipes. Todo esse infeliz episódio, nesta tarde na Colina, torna explícita o desconhecimento da diretoria do Manauara sobre o regulamento da competição e exige sérias providências por parte da CBF e da própria Federação Amazonense de Futebol (FAF), que teve um de seus diretores e Delegado da partida seriamente desrespeitado no ato de questionamento sobre o episódio de derrubada da transmissão.
O ManausFC reforça o seu compromisso com o FairPlay e com a harmonia entre as equipes da Série D. De forma decisiva, não aceitaremos estes desmandos e vamos tomar todas as providencias cabíveis para garantir punição aos envolvidos denunciando na justiça desportiva o que aconteceu dentro e fora de campo com as devidas provas.
Giovanni Alves
Presidente do ManausFC
Luis Mitoso
Presidente de Honra do ManausFC
Posição do Manauara
O Manauara também emitiu nota oficial no qual repudiou as acusações do Manaus. Segundo a diretoria do clube, em nenhum momento não foi invadida ou agredida a equipe de transmissão. Além disso, lamentam as declarações em relação ao vice-presidente Marcus Souza e que a participação do dirigente na confusão, após o jogo, foi com o intuito conciliador. Com isso, ressalta que as declarações são ofensivas e passíveis de calúnia e injúria.
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Confira a nota oficial do Manauara:
O Manauara Esporte Clube, diante da nota oficial de tom agressivo publicada pelo Manaus Futebol Clube neste domingo, 29 de junho, vem a público manifestar seu repúdio e esclarecer pontos relevantes, sempre com o intuito de defender seus direitos e colaborar para o fortalecimento e a valorização do futebol amazonense. Nesse sentido, propõe os seguintes questionamentos:
1. É pertinente questionar por que o Manaus Futebol Clube optou por não realizar a transmissão de seus jogos anteriores como mandante ao longo da competição. Destacamos que, na semana que antecedeu a referida partida, houve uma conversa informal entre o vice-presidente do Manauara EC, Sr. Marcus Souza, e o presidente do Manaus FC, Sr. Giovanni Silva. Em nenhum momento, durante esse diálogo, o dirigente esmeraldino manifestou qualquer interesse em viabilizar a transmissão do confronto — pelo contrário, demonstrou desinteresse, justificando a ausência de transmissões como uma estratégia para incentivar a presença do público no estádio.
Diante disso, causa estranheza que, justamente na partida contra o Manauara EC, o Manaus FC tenha alterado sua conduta e decidido transmitir o jogo de forma repentina e sem comunicação prévia. Tal atitude levanta dúvidas sobre a real motivação dessa mudança, sugerindo uma possível tentativa deliberada de interferir na organização e estrutura previamente estabelecidas por nosso clube para incentivar o comparecimento do público ao estádio.
2.O Manauara EC solicitou, junto ao presidente Giovanni Silva e ao delegado da partida, Sr. Thiago Durante, a comprovação da autorização concedida pela CBF para a realização da transmissão. A solicitação foi inicialmente negada. A autorização só foi apresentada após o encerramento da partida. Ressaltamos que nenhum clube participante da competição havia realizado transmissões sem prévia comunicação ao mandante, evitando, assim, qualquer desentendimento. Ademais, ainda que a autorização tenha sido posteriormente apresentada, esperava-se que o Manaus FC, prezando pelo respeito mútuo, não prejudicasse os esforços do clube mandante para atrair o torcedor ao estádio.
3.Reforçamos que a autorização oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a transmissão da referida partida foi concedida apenas após o término do jogo. Diante disso, questiona-se: de que forma a transmissão foi realizada sem a devida autorização prévia do órgão competente?
4.Em relação à acusação infundada de que o vice-presidente do Manauara EC teria incitado uma confusão generalizada, esclarecemos que, no momento do ocorrido, o referido dirigente encontrava-se nas arquibancadas — como é de seu costume — e apenas se dirigiu ao gramado ao perceber o início do tumulto, como comprovam imagens veiculadas nas redes sociais. Sua intenção foi exclusivamente colaborar para a restauração da ordem e da tranquilidade entre as equipes. Essa conduta, pautada pelo equilíbrio e pelo espírito de mediação, é coerente com sua postura habitual em eventos esportivos. Mesmo sendo contido por colaboradores, que temiam por sua integridade física, o vice-presidente seguiu em direção ao campo, motivado por seu perfil conciliador e pelo desejo de ajudar a manter a paz.
Lamentamos profundamente o teor das declarações proferidas na nota emitida pelo Manaus FC, que, além de ofensivas, configuram um ataque direto à honra e à integridade moral do Sr. Marcus Souza. Ao imputar-lhe, sem provas, condutas inverídicas, o documento incorre em evidente calúnia e injúria, ferindo não apenas a ética esportiva, mas também o respeito que deve prevalecer entre instituições desportivas.
5.Em nenhum momento integrantes da equipe do Manauara EC invadiram ou agrediram profissionais na cabine de transmissão. Os colaboradores apenas questionaram se o Manaus FC possuía autorização para transmitir a partida. Ademais, caso tivesse ocorrido qualquer tipo de agressão, as autoridades competentes teriam sido imediatamente acionadas, o que não foi necessário.
Reforçamos que o Manauara Esporte Clube, ao longo de sua trajetória, sempre buscou manter uma relação cordial e colaborativa com o Manaus FC, tendo inclusive promovido amistosos e concedido cortesias em ocasiões anteriores, em sinal de respeito mútuo e espírito esportivo.
Diante dos fatos, o Manauara EC — o Robô da Amazônia — manifesta seu absoluto repúdio às agressões e atitudes do adversário, consideradas desrespeitosas, desproporcionais e contrárias aos princípios do fair play, que devem nortear o esporte.
Manauara Esporte Clube
Manaus, 29 de junho de 2025