À medida que a indústria de criptografia amadurece, grande parte do foco permanece na regulamentação, custódia e escalabilidade. Mas em 2025, a maior barreira à adoção não é política – é a experiência do usuário. As interfaces da Crypto ainda são complexas demais para os usuários do cotidiano. Desde o gerenciamento de frases de sementes até as transações de blockchain de decifrar, a integração parece mais como navegar em um labirinto do que ingressar em uma revolução financeira. As carteiras permanecem fragmentadas, inintivas e arriscadas.
Para alcançar a adoção convencional, o setor deve priorizar a usabilidade – tornando as carteiras e as ferramentas financeiras mais acessíveis – sem comprometer os princípios centrais da descentralização. Até então, o pobre UX continuará segurando a criptografia.
Vitalik Buterin chama de abstração da conta
O co-fundador da Ethereum, Vitalik Buterin, tem sido um dos proponentes mais vocais para melhorar a usabilidade das carteiras de criptografia. Sua crítica se concentra no fato de que as carteiras são projetadas com desenvolvedores, não usuários finais, em mente. Embora as inovações técnicas na segurança do blockchain estejam avançando, as carteiras geralmente permanecem enraizadas em modelos desatualizados que priorizam o controle sobre a facilidade de uso, deixando o usuário médio sobrecarregado e vulnerável a erros.
A solução proposta pela Buterin (EIP-7702), abstração da conta, é um conceito inovador que pode remodelar como interagimos com ativos de criptografia. A abstração da conta permite que a funcionalidade do contrato inteligente seja aplicado em contas de propriedade externamente (EOAs), o tipo mais comum de carteira usado em criptografia. Isso permitiria mecanismos de segurança mais intuitivos e flexíveis, como recuperação social, suporte multi-assinatura e métodos de autenticação personalizáveis, sem comprometer a descentralização ou a auto-sustentação.
Na sua essência, a abstração da conta descreve a dependência tradicional de uma única chave privada para garantir ativos, criando o potencial de experiências muito mais amigas. Em vez de esperar que os usuários memorizem frases de sementes longas e complexas ou gerenciem transações em várias etapas, a abstração da conta pode permitir opções de recuperação, aprovações automáticas de transações e até a opção de delegar determinadas ações a contatos confiáveis-sem nunca perder a propriedade das chaves privadas.
Uma chamada para um design centrado no ser humano em criptografia
O problema UX da Crypto não é apenas sobre interfaces mais limpas – trata -se de repensar o design para priorizar as necessidades humanas. Historicamente, as ferramentas foram construídas para usuários de energia confortáveis com frases de sementes e interfaces de linha de comando. Mas para a adoção em massa, a criptografia deve servir as pessoas que nunca mantiveram uma chave privada.
É aqui que o design centrado no ser humano se torna essencial. Os desenvolvedores devem criar carteiras e ferramentas intuitivas, com reconhecimento de contexto e focadas na segurança do usuário. A mudança deve passar de catering para os tecnicamente inclinados a capacitar os usuários do cotidiano que são novos para a criptografia. Para ter sucesso, as carteiras precisam abraçar os seguintes princípios de design do núcleo:
- Padrões inteligentes e integração progressiva: Os usuários não precisam mergulhar em configurações ou configurações de segurança para começar. Os recém-chegados devem poder começar a usar uma carteira com atrito mínimo, mas com orientação interna e a opção de desbloquear recursos mais avançados à medida que se familiarizam com o espaço. Ao fornecer configurações claras de segurança padrão – como opções de recuperação social e limites automáticos de transação – as carteiras podem oferecer facilidade de uso e segurança desde o início.
- Processos claros de assinatura intuitiva: A assinatura da transação deve ser direta, com explicações claras sobre o que os usuários estão concordando. Se um usuário estiver prestes a aprovar uma transação que possa drenar sua carteira, isso deve ser exibido com destaque em linguagem simples, não enterrada sob códigos hexadecimais ou jargão complexo. A redução da ambiguidade nessas interações ajudará a mitigar os riscos de golpes e erros humanos.
- Sistemas de recuperação sociais e multipartidários: Confiar apenas nas frases de sementes como método de recuperação é uma prática desatualizada e arriscada. Em vez disso, as carteiras devem adotar sistemas de recuperação social, onde os usuários podem designar partes confiáveis para ajudar a restaurar o acesso à sua carteira em caso de chaves perdidas. Essa abordagem não apenas torna as carteiras mais resilientes, mas também adiciona uma camada de confiança e segurança do usuário.
- Educação interna e ajuda contextual: Para capacitar verdadeiramente os usuários, as carteiras criptográficas precisam incluir ferramentas educacionais diretamente na interface. Prompts contextuais, dicas de ferramentas e tutoriais interativos podem ajudar os usuários a entender o significado de cada ação que tomam, sem sobrecarregá -los com densa documentação técnica.
- Automação com controle: Recursos como pagamento automático para taxas de transação ou a capacidade de transações em lote podem tornar o uso de carteiras criptográficas muito mais intuitivas, especialmente para os recém-chegados. Mas esses recursos devem ser equilibrados com o controle do usuário. Os usuários devem ter a palavra final sobre as transações, mas a automação pode ajudar a reduzir parte da carga cognitiva que a criptografia experimenta.
O futuro da criptografia é usabilidade e segurança – sem compromisso
À medida que a Crypto avança, o verdadeiro desafio será reconciliar a usabilidade com os princípios centrais da descentralização e segurança. Inovações como a abstração da conta são promissoras, mas o setor deve continuar a priorizar o design centrado no ser humano. O objetivo deve ser projetar ferramentas que tornam a criptografia acessível, segura e simples-sem sacrificar a auto-sustentação ou descentralização.
O futuro da criptografia não será determinado pela escala de blockchains ou quão complexos os protocolos de defi podem obter; Será definido se a pessoa comum pode usar criptografia com confiança. Até então, a Crypto continuará sendo uma ferramenta exclusiva para desenvolvedores e entusiastas, em vez de uma tecnologia que capacita as massas.
A questão é simples: a criptografia pode ser intuitiva e segura, ou continuará sendo um espaço projetado apenas para o tecnicamente proficiente? A resposta determinará se a criptografia atingir sua promessa de liberdade financeira para todos.