Pontos fortes/fracos desse novo Criciúma que o Avaí enfrenta sexta (27)

Eduardo Brock pelo Avaí contra o Criciúma no Estadual – Foto: Fabiano Rateke/AvaíFC/ND
O adversário do Avaí na próxima sexta (27), em jogo fora de casa, é um Criciúma bem diferente daquele que iniciou mal a Série B.
Aquele Criciúma que chegou a estar na zona de rebaixamento, teve uma recuperação nesses últimos quatro jogos, muito fruto de dois fatores: 1) mudança de sistema imposta pelo técnico Eduardo Baptista; 2) contratações na segunda janela de transferências.
Sim, demorou para o trabalho de Eduardo Baptista aparecer no tigre, pois seus primeiros quatro jogos iniciais foram de deixar o torcedor carvoeiro bem apreensivo, pois empatou em casa com Volta Redonda, perdeu fora para o CRB, levou um seis a zero na Copa do Brasil para o Bragantino, e perdeu em casa para o Coritiba.
Mas, os últimos quatro jogos foram de uma recuperação de três vitórias e um empate fora.
O que mudou nesse adversário que o Avaí vai enfrentar sexta (27), e que está invicto a quatro jogos? Vamos analisar.
Não, não passou a praticar um futebol sem erros. Não está totalmente ajustado, mas, a mudança de sistema, aliada a novas contratações o time passou a estar mais compacto, e mais eficiente.
Eduardo Baptista, desde o jogo contra o Paysandu, na primeira vitória dessa série invicta de quatro jogos, passou a empregar o sistema 3-4-2-1, no qual bateu na trave de acesso com Novorizontino nos últimos dois anos na B. Usando três zagueiros, os laterais se juntando na segunda linha com os volantes, dois meias atacantes e um centroavante de movimentação mais centralizado na frente.
Essa formação deixou o Tigre com maior compactação entre os setores, fechando os corredores, para impedir o avanço do adversário. O Criciúma passou a ter percentual mais alto do que vinha tendo de posse de bola. Do mesmo modo que a transição ofensiva ganha com a participação dos laterais pelos corredores, num jogo verticalizado.
Das contratações, destaque para atacante Nicolas (ex-Paysandu, Ceará, Goiás), o meia Jean Carlos (ex-Juventude e Náutico), o lateral esquerdo Felipinho (ex-Sport e Juventude) e o volante Léo Naldi (ex-Atlético-GO e Vitória). E pode ter o retorno de Fellipe Mateus para o jogo contra o Avaí.
Felipinho, veio para substituir Marcelo Hermes, negociado para o Juventude. No Sport o jogador fez 100 jogos entre 2023 e 2024, marcou oito gols e deu seis assistências. De olho nele, pois tem boa vocação ofensiva pelo corredor esquerdo.
Mas, o Tigre ainda sofre em alguns pontos que o Avaí pode explorar. Quais sejam: 1) Os laterais, como têm função dupla de marcar e atacar, na segunda linha, sobem bastante, onde os espaços às suas costas ficam vulneráveis, especialmente em transições rápidas que o Avaí pode ter; 2) Os zagueiros  da linha de 3 podem ser expostos, criando situações de 1×1 ou até 2×1 dos jogadores do Avaí pelos corredores; 3) Como o sistema tem alas avançados, dois meias e um centroavante, a recomposição pode ser lenta, especialmente se os alas forem pegos desprevenidos; 4) Como os alas se preocupam com as pontas e os meias recuam pouco para marcar, pode haver buracos entre os volantes e a zaga.
São alguns pontos que observei, principalmente nos últimos três jogos que assisti do Criciúma.
Tem tudo para ser um grande jogo, na sexta!
Eduardo Brock e Zé Ricardo podem retornar ao Avaí contra o Criciúma
Para esse jogo contra o Criciúma, o Avaí tem o retorno certo do capitão Eduardo Brock, que cumpriu suspensão na última partida. E, pode ter o retorno do volante Zé Ricardo, que se recuperou pós cirurgia de apendicite.
Dois reforços importantíssimo para o Leão. Dois jogadores de suma importância nessa organização defensiva e ofensiva. Pois ambos auxiliam na construção desde a defesa, e têm a capacidade de auxiliar com passes longos a saída da pressão adversária como poucos nesse elenco do Avaí.
Brock exerce ainda uma liderança nata, e ‘desenha’ bem a arrumação no setor defensivo, com bom posicionamento e bom enfrentamento nos duelos no chão e aéreos.
Zé Ricardo auxilia também no corredor central, sempre provocando a rotação dos jogadores dessa faixa do campo, e movimenta os laterais pelos corredores.
Duas faltas bem sentidas no jogo contra o Athlético-PR.