João Fernando soma mais de 30 anos na modalidade e guarda com orgulho a medalha de ouro no Parapan de Guadalajara Juan Rodrigues traz as informações do esporte em Rondônia em 15 de maio de 2025
Se o assunto é tênis de mesa paralímpico em Rondônia, o nome de João Fernando Totó surge de imediato. Aos 45 anos, ele segue ativo nas competições e mantém viva a paixão por uma carreira que começou na adolescência e se transformou em exemplo para as novas gerações. Entre tantas conquistas, Totó não hesita ao escolher sua medalha mais especial: o ouro no Parapanamericano de Guadalajara, no México, em 2011.
— Conquistei campeonatos na Holanda, na Espanha, tenho troféus bacanas, mas esse aqui é o mais importante. Foram quase 40 dias fora, muita dificuldade, uma preparação intensa. A memória daquele campeonato ficou, foi uma vitória marcante — destacou.
Totó volta a treinar
João Fernando/ Arquivo pessoal
— Comecei com 14, 15 anos. Por muito tempo, fui o único paralímpico representando Rondônia. Depois conheci o Guilherme, que hoje também é destaque — contou Totó ao ge.globo/ro.
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Ao longo de mais de três décadas de trajetória, foram inúmeras medalhas, torneios estaduais, nacionais e internacionais. Passagens por quase 20 países, disputas em mundiais e paralimpíadas.
Para o mesatenista, o esporte sempre foi mais do que uma competição. Virou escola, abriu portas e levou o nome de Rondônia e de sua família para lugares que jamais imaginaria conhecer.
— Só faltam dois estados do Brasil para eu completar todos. E ainda tenho esperança de disputar mais uma paralimpíada, quem sabe. A gente trabalha, tem família, tem outras responsabilidades, mas o sonho ainda está aí — afirmou.
À direita, João Fernando Totó comemora medalha no Parapan de Guadalajara
Arquivo Pessoal
Totó segue no esporte com a mesma entrega de quando começou. O brilho nos olhos ao relembrar conquistas e a presença constante nos treinos mostram que sua história ainda está sendo escrita, agora como ídolo de uma nova geração.
Referência no tênis de mesa paralímpico, Totó agora também inspira novos talentos. Um deles é Guilherme Colares, que recentemente foi chamado para treinar com a seleção em São Paulo e deve disputar um torneio na Argentina no fim de maio.
— Ele sempre me diz que sou uma referência. Está jogando bem e treinando forte. Isso me dá muita alegria. Outro nome que também representa é o Paulinho, de Ariquemes. E tem a base vindo com força— completou.
