Dudu Patetuci destaca qualidades da Colômbia, mas fala em tirar proveito do fato de o adversário jogar em casa Brasil derrota o Chile e vai à final do Campeonato Sul-Americano sub-17
O Brasil, dono da melhor campanha do Sul-Americano Sub-17, tentará conquistar a competição pela 14ª vez neste sábado, às 21h (de Brasília), em final contra a anfitriã, Colômbia. Campeão mundial da categoria em 2019 como auxiliar, Dudu Patetuci tenta levantar a taça agora como treinador, não esconde a felicidade pelo momento vivido à frente da Seleção e projeta um time muito consistente para a decisão.
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– É diferente, porque quando se está como comandante, como treinador, realmente você é o responsável. Tenho uma equipe maravilhosa que trabalha comigo, que me dá total apoio. A gente troca muito, delega a eles e divide as responsabilidades, mas o comando é meu. É diferente do que ser auxiliar, eu estou muito feliz de estar chegando nessa condição de jogar a final, e a gente vai forte em busca do título.
Dudu Patetuci, técnico da seleção brasileira sub-17, comanda treino antes da estreia
Nelson Terme/CBF
Invicto, o Brasil tem a melhor campanha da competição, com quatro vitórias, um empate, nove gols marcados e três sofridos. Para atingir tal patamar, Patetuci entende que a preparação no Rio de Janeiro foi fundamental.
– Acredito que a preparação tenha sido muito boa, ficamos 14 dias na Granja Comary, e o objetivo era preparar a equipe para o máximo de situações possíveis. Situações em que precisaríamos atacar mais, momentos em que precisaríamos nos defender. Então fomos nos equilibrando defensiva e ofensivamente. Chegamos para o Sul-Americano com uma equipe forte em relação a atletas, com trocas boas, e preparada para diversas situações que o jogo pode oferecer.
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Pelo que observou da Colômbia na primeira fase e a goleada na semifinal, que tipo de dificuldade espera na decisão?
– É uma seleção muito forte fisicamente, que propõe jogo e com atletas muito técnicos. Realmente a transição ofensiva deles é muito forte. Precisamos ter muita atenção, mesmo quando nós estivermos atacando, para nos prepararmos para essa transição. Então é muita atenção no nosso setor defensivo e jogar. Jogar com o modelo de jogo brasileiro, procurar ficar com a bola e ser agressivo com ela, aproveitando a força, a técnica e o improviso dos nossos atacantes.
O fator casa pesa a favor da Colômbia ou acredita que isso pouco faz diferença?
– Acredito que talvez seja um ponto forte para nós explorarmos. A Colômbia fez uma semifinal em que goleou a Venezuela, o jogo vai ser no sábado, e o estádio provavelmente vai estar lotado. Eles estão num nível de euforia, e não é para menos, já que estão jogando uma final dentro de casa.
– Então a gente tem que saber jogar com isso também, aproveitar o momento de desequilíbrio deles, porque eles virão para cima. A gente tem que estar preparado para ficar com a bola e aproveitar as oportunidades quando elas surgirem e, fazendo gol no frente, acredito que dê uma desequilibrada neles. A gente tem que aproveitar esse momento para trazer para o Brasil, fazer os gols e conquistar o título.
Ruan Pablo foi o cara da primeira fase e se destacou. Quem você acha que aproveitou mais essa competição?
– Acredito que nós temos alguns nomes que estão se destacando e que estão sendo importantes para equilibrar a equipe. A gente tem no setor defensivo o Luís Eduardo, um atleta que não começou a competição como titular e que a gente, buscando melhorar a equipe, deu oportunidade para ele. Ele abraçou e nos deu uma sustentação e um equilíbrio muito bom para o setor defensivo.
– O Zé Lucas e o Gustavo são atletas que se completam, o Zé Lucas ficando um pouco mais, e o Gustavo saindo um pouco mais, fazendo a ligação do meio com o ataque. E no ataque o Ruan Pablo é realmente muito potente, é um atleta que tem improviso, finaliza bem e tem nos dado essa força ofensiva. A força da Seleção é o coletivo, mas há alguns atletas, como esses que citei, que têm se destacado nesses setores.
Bolívia 0 x 3 Brasil | Melhores Momentos | 2ª Rodada | Sul-Americano sub-17 2025