Edusc

Tecnologia

173456104467634d14b2e8a 1734561044 3x2 rt

WhatsApp adiciona botão para informar chave Pix no perfil – 19/12/2024 – Tec

Nesta quinta-feira (19), será possível adicionar os dados da chave Pix ao perfil no WhatsApp, segundo anúncio da Meta, a dona do aplicativo de mensagens. O objetivo é economizar o tempo gasto com a pergunta “qual é o seu Pix?”. O novo botão ficará abaixo da foto do usuário. Quem for fazer uma transferência poderá obter a informação com um clique. A implementação da função será de forma gradual até o final de janeiro. Por isso, apenas parte dos usuários ganham acesso já nesta quinta. O recurso está disponível no WhatsApp Business (voltado a empresas) desde junho e agora chega ao restante dos usuários. Para adicionar a chave Pix, o usuário precisa: Clicar no ícone indicado para anexar arquivos ou imagens Selecionar a opção “Pix” Adicionar os dados, como nome, natureza da chave (celular, CPF, etc.) e o código “Essa integração atenderá principalmente prestadores de serviços e profissionais freelancers que recebem de diversas fontes, mas também facilitará transferências entre amigos e familiares”, diz a Meta em comunicado. Ativar o recurso é opcional para os usuários. As pessoas ainda poderão escolher quem pode ter acesso à chave Pix, limitando a contatos salvos, por exemplo. Também será possível enviar as informações de Pix em um botão, como se fosse um documento. O aplicativo também tem uma ferramenta de pagamentos integrada, o WhatsApp Pay. O recurso, porém, não trabalha com Pix e sim com cartões, como se fosse uma maquininha. Para usar o recurso, é preciso se cadastrar, inserindo nome, CPF e endereço. Além disso, o usuário deve adicionar um cartão de crédito, pré-pago ou de débito, se instituição financeira for parceira da Meta. Veja bancos e bandeiras habilitados: Banco BRB: cartão de débito Mastercard Banco do Brasil: Visa Banco Inter: Mastercard Bradesco: Visa BTG+: Mastercard Caixa: cartão de débito virtual Visa (disponível para quem tem conta na Caixa) Itaú: cartões de débito Mastercard e Visa Mercado Pago: Visa Neon: Visa Next: Visa Nubank: Mastercard Santander: Mastercard e Visa Sicoob: Mastercard Sicredi: Mastercard e Visa Woop, a conta digital da Sicredi: Visa Para receber o pagamento, é necessário ser uma conta corporativa registrada. Fonte

WhatsApp adiciona botão para informar chave Pix no perfil – 19/12/2024 – Tec Read More »

17346445236764932b04460 1734644523 3x2 rt

IA avalia uísque melhor do que especialistas humanos – 19/12/2024 – Tec

E se a IA (inteligência artificial) superasse os humanos na arte de escolher um single malt? Algoritmos de aprendizado de máquina foram capazes de perceber os aromas dominantes de diferentes uísques melhor do que um especialista, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (19). Ao nosso redor, a maioria dos odores é composta de uma mistura complexa de moléculas que interagem no sistema olfativo para criar uma impressão específica. Esse é o caso do uísque, cujo perfil aromático pode ser determinado por mais de 40 compostos e pode conter um número ainda maior de compostos voláteis não odoríferos. Isso torna particularmente difícil avaliar ou perceber as características aromáticas de um uísque com base apenas em sua composição molecular. No entanto, foi exatamente isso que os químicos conseguiram fazer graças a dois algoritmos de aprendizado de máquina, de acordo com os resultados de um estudo publicado na Communications Chemistry. O primeiro algoritmo, OWSum, é uma ferramenta estatística que percebe odores moleculares desenvolvida pelos autores do estudo. O segundo, CNN, é uma rede neural convolucional que ajuda a descobrir relações em conjuntos de dados muito complexos, como aqueles entre “as moléculas mais influentes e os atributos de aroma” em um uísque misturado, disse à AFP Andreas Grasskamp, pesquisador do Fraunhofer Institute for Process Engineering and Packaging IVV em Freising (Alemanha) e principal autor do estudo. Os pesquisadores “treinaram” os algoritmos fornecendo a eles uma lista de moléculas detectadas por cromatografia gasosa e espectrometria de massas em 16 amostras de uísque: Talisker Isle of Skye Malt (10 anos), Glenmorangie Original, Four Roses Single Barrel, Johnnie Walker Red Label e Jack Daniel’s, entre outros. Eles também lhes deram descritores de sabor determinados para cada amostra por um painel de 11 especialistas. Os algoritmos foram, então, usados para identificar o país de origem de cada uísque e suas cinco notas dominantes. Detecção de falsificações O OWSum foi capaz de determinar se um uísque era americano ou escocês com mais de 90% de precisão. A detecção de compostos como mentol e citronelol foi fortemente associada a uma classificação como uísque americano, enquanto a detecção de decanoato de metila e ácido heptanoico foi associada principalmente a uísques escoceses. O algoritmo também identificou as notas caramelizadas como as mais características dos uísques americanos, enquanto as notas de “maçã”, “diluentes” e “fenólicas” (geralmente descritas como um aroma defumado ou medicinal) foram as mais características dos uísques escoceses. Desvendando IA Um guia do New York Times em formato de newsletter para você entender como funciona a IA Em uma segunda etapa, os pesquisadores pediram à OWSum e à CNN que previssem as qualidades olfativas dos uísques com base nas moléculas detectadas ou em suas características estruturais. Ambos os algoritmos foram capazes de identificar as cinco notas dominantes de um uísque com mais precisão e consistência, em média, do que qualquer especialista humano do painel. “Descobrimos que nossos algoritmos se alinharam melhor com os resultados do painel do que cada membro individual, fornecendo, assim, uma estimativa melhor da percepção geral do odor”, disse Grasskamp. Essas metodologias de aprendizado de máquina poderiam ser usadas para detectar falsificações ou para avaliar se o uísque misturado “terá o aroma esperado, ajudando, assim, a reduzir os custos ao limitar a necessidade de painéis de avaliação”, avalia. É possível obter resultados semelhantes com o vinho? Em teoria, sim. “Tudo o que essas ferramentas precisam é de uma lista de compostos detectados na amostra e seus descritores correspondentes”, de acordo com Grasskamp. “O desafio está nos detalhes mais refinados, como determinar se os aromas do vinho são suficientemente distintivos para um algoritmo de IA”, acrescentou. Fonte

IA avalia uísque melhor do que especialistas humanos – 19/12/2024 – Tec Read More »

1732934119674a79e7b06c4 1732934119 3x2 rt

Por que mulheres usam menos IA? – 20/12/2024 – Tec

Nos últimos seis meses, enquanto desempenhava meu papel de jornalista, professora e mãe, realizei um estudo altamente não científico. Em conversas que iam da redação até os portões da escola, fiz repetidamente a mesma pergunta: “Você usa IA (inteligência artificial) generativa?”. As respostas variaram bastante. Em um extremo do espectro, uma mãe de três filhos de Nova Jersey, que não trabalha fora de casa, me disse que a IA generativa a assusta “até a morte”. No outro extremo, um pai de um filho do Texas, que trabalha em consultoria, disse que a usa “o tempo todo e para tudo”. E entre esses extremos? Diferentes graus de entusiasmo. Uma jovem estudante de pós-graduação da Califórnia me contou que nunca experimentou, mas pretende. Seu colega de classe de Chicago disse que a usa “ocasionalmente, principalmente para escrever e-mails”. Em minha pesquisa rudimentar com cerca de 30 ou 40 pessoas com quem interajo regularmente, os homens frequentemente admitiam rapidamente usar ferramentas de IA generativa como ChatGPT, Copilot e Gemini com frequência e sem vergonha. As mulheres com quem conversei —com a notável exceção daquelas que trabalham em tecnologia e mídia— eram mais relutantes. Muitas pareciam desinteressadas. Tendo reportado e escrito por anos sobre as causas e consequências das disparidades de gênero, essa dicotomia me preocupou. Estaria eu vendo evidências da mais recente iteração da desigualdade entre os sexos? E isso poderia sinalizar algo consequente sobre como homens e mulheres trabalham e são pagos? Ou seria apenas uma peculiaridade do meu círculo social particular e do pequeno tamanho da amostra? Comecei a investigar. GAP DE GÊNERO NA IA GENERATIVA Devido a relativa novidade dos modelos e tecnologias de IA generativa, estudos abrangentes sobre quem os usa, com que frequência e para quê têm sido difíceis de encontrar. No entanto, um artigo de pesquisa de julho corrobora minha pesquisa frágil. Com base nas respostas a uma pesquisa de consumidores do Federal Reserve Bank de Nova York, economistas do Banco de Compensações Internacionais (BIS) estabeleceram de fato a existência de um “gap de gênero na IA generativa” economicamente e estatisticamente significativo. Em média, eles descobriram que metade de todos os homens relatou ter usado IA generativa nos 12 meses anteriores, enquanto apenas 37% das mulheres o fizeram. Entre aqueles que disseram usá-la semanalmente, a diferença era igualmente grande. Esta é uma nova evidência de uma divisão de gênero bem estabelecida na tecnologia: nos seus primeiros dias, a internet era dominada por homens. Mais recentemente, pesquisas mostram que as mulheres são significativamente menos propensas do que seus colegas homens a usar produtos de tecnologia financeira —ou fintech. Mas o gap na IA generativa é notável devido à medida em que essa tecnologia específica já está transformando radical e rapidamente o mercado de trabalho. No ano passado, uma análise da McKinsey previu que 29,5% das horas trabalhadas na economia dos EUA no momento da pesquisa poderiam ser automatizadas até 2030 —com 8 desses pontos percentuais atribuídos especificamente à IA generativa. Enquanto isso, o Goldman Sachs previu que a IA poderia automatizar até o equivalente a 300 milhões de empregos em tempo integral globalmente ao longo de 10 anos. Pesquisas já estão mostrando que a IA generativa pode aumentar substancialmente a produtividade em certos trabalhos, incluindo redação de propostas e marketing. Um estudo descobriu que consultores do Boston Consulting Group que usaram o GPT-4 trabalharam mais rápido e de forma mais eficaz em comparação com aqueles que não usaram. UM MEDO CUSTOSO Por que as mulheres são menos propensas a usar IA generativa? Os economistas do BIS concluíram que o conhecimento autodeclarado dos entrevistados sobre a tecnologia explicava quase dois terços do gap. O restante poderia ser explicado por diferentes níveis de confiança na tecnologia. “As mulheres geralmente estão mais preocupadas com as consequências negativas de compartilhar dados”, escrevem, enquanto os homens “veem maiores benefícios para suas oportunidades de trabalho e menores riscos no uso da IA generativa”. Desvendando IA Um guia do New York Times em formato de newsletter para você entender como funciona a IA Certamente, as conclusões vêm com ressalvas. Todos os 890 entrevistados da pesquisa estavam baseados nos EUA, e cerca de 82% eram brancos. Quase 60% tinham um diploma de bacharel ou superior, e 43% ganhavam mais de US$ 100 mil anualmente. Isso naturalmente limita a extensão em que podemos extrapolar. Mas os resultados estão alinhados com outros estudos que mostram que as mulheres são menos propensas a confiar na tecnologia e que os homens são mais propensos a ter confiança em sua habilidade tecnológica. Portanto, é necessário que consideremos uma perspectiva inconveniente: se as mulheres são mais avessas ao risco e temem a tecnologia, pelo menos em média, e se o apetite e a disposição para adotar novas tecnologias são uma condição prévia para prosperar em um novo e corajoso mercado de trabalho, a IA generativa poderia exacerbar o gap salarial de gênero. Quando apresentei essa perspectiva a Sander van’t Noordende, CEO da Randstad, a maior agência de empregos do mundo, ele foi direto: “Do jeito que a tecnologia está hoje, você não pode se dar ao luxo de se desligar.” Ele me instou a pensar nisso em termos de uma equação: “O pagamento deve ser baseado na produtividade. E a IA —simplesmente— é um impulsionador de produtividade.” OS TRABALHOS MAIS VULNERÁVEIS Hoje, o gap salarial de gênero internacional é de cerca de 20%, com grandes variações de país para país. A segregação ocupacional —ou a tendência de um determinado grupo demográfico dominar uma indústria ou tipo de trabalho— é um dos principais fatores da divisão. Isso é particularmente ruim no contexto da IA generativa, porque os empregos que ela tem mais probabilidade de perturbar —ou até tornar redundantes— também são os empregos desproporcionalmente ocupados por mulheres. Uma análise feita no ano passado pela UNC Kenan-Flagler Business School descobriu que oito em cada 10 mulheres, ou cerca de 59 milhões de indivíduos na força de trabalho dos EUA, estão em ocupações que são “altamente expostas à automação da IA generativa”, em comparação

Por que mulheres usam menos IA? – 20/12/2024 – Tec Read More »

Elon Musk: IA ganha popularidade com deepfakes e preocupa – 20/12/2024 – Tec

A inteligência artificial de Elon Musk, Grok, reproduz aparências de políticos e celebridades sem qualquer salvaguarda contra deepfakes —imagens falsas ultrarrealistas, conhecidas por figurarem em vídeos humorísticos, campanhas de manipulação eleitoral e golpes na internet. Os principais concorrentes do Grok têm políticas para limitar a prática, chamada no jargão, de “roubo de identidade”. O ChatGPT e a MetaAI se negam a copiar aparências, enquanto o Gemini do Google e o Claude da Anthropic não trabalham com ilustrações. Criado para subverter o politicamente correto da concorrência, de acordo com Musk, o Grok ficava restrito aos assinantes do X Premium, que custa a partir R$ 19,99 ao mês. Passou a estar disponível para o amplo público no último dia 4 e, no dia 10, passou a gerar imagens ultrarrealistas, incluindo cópias de identidade de famosos. Desde então, a IA politicamente incorreta do bilionário conquistou o interesse dos usuários de redes sociais. No Google, as buscas pela ferramenta deixaram para trás, por exemplo, a plataforma de imagens Dall-E, da OpenAI. O Grok, embora tenha restrições contra violência e pornografia, reproduz, caso seja solicitada, símbolos do supremacismo branco, referências a distúrbios alimentares e imagens de crianças grávidas. Procurado, o X não respondeu às questões da reportagem. Uma ferramenta para produzir deepfakes nunca esteve disponível de maneira tão ampla, diz Diogo Cortiz, professor de IA da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). “O Grok está na mão de todo mundo pelo X, não precisa configurar nada, é só usar”, ele diz. As imagens ultrarrealistas no X ganharam diversos fins. Nas mãos de fã-clubes, a ferramenta serviu para representar diversos casais imaginários, como a atriz Selena Gomez e o apresentador Fausto Silva. Também simulou premiações, a exemplo de uma imagem de Fernanda Torres recebendo o Oscar de melhor atriz, à frente da americana Angelina Jolie aos prantos. O próprio Elon Musk protagonizou usos políticos do gerador de deepfakes do Grok. O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicamos-SP) publicou, no Instagram, uma foto feita no Grok dele passeando ao lado do dono do X. Perfis associados à direita americana também divulgaram fotos de candidata derrotada a presidência dos EUA, Kamala Harris, grávida e abraçada ao bilionário. As duas cenas não eram autênticas, como apontavam os selos do Grok no canto inferior direito da imagem. Essa é a medida preventiva da xAI, empresa de Musk que desenvolve o Grok, para evitar abusos com a ferramenta de inteligência artificial. O aviso gráfico, porém, é facilmente contornável, recortando a imagem forjada. Os metadados da imagem que o Grok permite baixar também não informam que o arquivo foi gerado por uma IA. Para Cortiz, Musk usa uma nova controvérsia para atrair atenção. “Ele é ótimo em usar essa estratégia.” A geração de imagem do Grok pode ser usada para violar seis dos 17 riscos ligados à inteligência artificial apontados em relatório do Google. A ferramenta pode ser usada para roubar identidades, falsificação de eventos reais, criação de contas-fantoche e ataques à reputação ou geração de desinformação em massa. Apesar da inclinação aos riscos, o Grok ainda tem alguns limites. Ele não reproduz a imagem de pessoas desconhecidas com base em fotos nem cria imagens de violência e pornografia. Por outro lado, produz cenas de pessoas proeminentes em situações criminosas. “Eu amo o Grok, ele topa tudo”, escreveu, no X, Cardoso, um perfil de 90 mil seguidores identificado à direita. Outros usuários elogiavam a “pouca censura” do modelo. Para o diretor da Artigo 19 (uma organização que promove a liberdade de expressão) Paulo José Lara, impor restrições aos modelos de IA para evitar abusos pode ser uma restrição à livre expressão, mesmo que seja realista. “Isso não significa que eventuais abusos ou ações cometidas com base em determinadas imagens não tenham que ser responsabilizadas.” Lara diz que há de se separar os crimes cometidos com uso da IA dos casos em que a ferramenta é usada para comunicação, como a produção de paródias ou críticas. “A utilização, por exemplo, de uma imagem realista de cárcere privado para pedir resgate para a família não tem nada a ver com liberdade de expressão”, afirma. Os ajustes e limites que as empresas fazem nos modelos de IA envolvem uma escolha ética e política de reconhecer riscos e vieses, diz o cientista da computação argentino Marcelo Rinesi, umas das pessoas escolhidas para testar brechas no Dall-E, da OpenAI. Rinesi acrescenta que o trabalho de encontrar possíveis abusos e construir salvaguardas custa caro para as empresas, porque requer produção de dados em larga escala. “As empresas se preocupam com isso por estarem sujeitas a riscos reputacionais”, diz. De acordo com o especialista, Musk seria uma exceção porque é transparente em relação à sua convicção pessoal em teorias da conspiração e preconceitos. “Por isso, o Grok é uma expressão deliberada de sua ideologia ‘anti-woke’.” Fonte

Elon Musk: IA ganha popularidade com deepfakes e preocupa – 20/12/2024 – Tec Read More »

17333614576750ff3188bc4 1733361457 3x2 rt

Depois de ‘brain rot’, palavra do ano deverá ser ‘agente’ – 22/12/2024 – Ronaldo Lemos

Saiu há pouco a palavra do ano em 2024, escolhida pelo dicionário Oxford. Com 37 mil votos e depois de um longo debate, foi escolhida a expressão “brain rot” (algo como apodrecimento cerebral). A expressão foi definida pelo dicionário como “a suposta deterioração mental de uma pessoa resultante do consumo excessivo de conteúdos online considerados triviais ou simplórios”. Seu uso não é novo. O primeiro registro foi no livro “Walden”, de Henry David Thoreau, publicado em 1854. Na época, ele usou a expressão para criticar os jornais, a mídia do momento. Nas palavras dele: “Tenho certeza de que nunca li nenhuma notícia memorável em um jornal. Para um filósofo, todas as notícias são fofocas. Quem as edita são velhas tomando chá. Para quem é estudioso ou sagaz, para quem não tem o cérebro apodrecido, não há uso para elas. O funcionamento saudável do intelecto depende de se manter longe de repetições sem fim”. É nessa vibe que vou ousar prever qual será a palavra do ano em 2025. Para mim, essa palavra será “agente” ou qualquer derivação dela relacionada à inteligência artificial. No inglês há vários neologismos, como agentic (agêntico), agentify (agentificar), agentness (agenciedade), agentive (agentivo), agentoid (agentoide) etc. Vamos combinar que, se qualquer coisa parecida vencer no ano que vem, minha previsão vai se ter concretizado. E claro, ninguém vai se lembrar disso. Mas, como falta ainda um ano para o fim de 2025, vale investigar por que “agente” está com tudo. O tema é longo, então vou dar só uma dica. Ler o artigo que Tiago Peixoto e Luke Jordan publicaram na semana passada em inglês chamado “Agentes para poucos e filas para muitos? Ou agentes para todos?“. No texto, eles fazem uma proposta ousada. Democratizar o uso de agentes de inteligência artificial para acessar serviços públicos. Afinal, os agentes de IA já estão em toda parte. Por exemplo, eles arruinaram os sites de reservas de restaurantes nos EUA. Pessoas usando agentes de IA reservam todos os horários disponíveis nos restaurantes mais badalados. Depois revendem essas reservas por (muito) dinheiro no mercado secundário. O mesmo acontece com shows disputados. Os ingressos esgotam em minutos. A maior parte deles é comprada por cambistas usando agentes de IA. Depois revendem tudo por preços maiores no mercado secundário. O que Tiago e Luke propõem é que o uso de agentes de IA possa ser feito também com os serviços públicos. Em vez de ficar na fila aguardando por um serviço público ineficiente, um agente de IA poderia fazer isso por você. Por exemplo, nos EUA a plataforma DirectFile preenche o seu Imposto de Renda automaticamente. Na África do Sul, o site WeQ4U ajuda no licenciamento de veículos. No Brasil, é comum usar “despachantes” para agilizar o acesso a serviços públicos. Só que eles são acessíveis a poucos. O que eles sugerem é que a IA possa virar o despachante universal, capaz de auxiliar qualquer pessoa, de graça, a acessar os serviços públicos de forma eficiente. Thoreau provavelmente iria gostar. Já era – Achar que Bitcoin já era Já é – Bitcoin entre investimentos mais rentáveis do ano Já vem – Especulação sobre o impacto do governo Trump sobre criptomoedas LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo. Fonte

Depois de ‘brain rot’, palavra do ano deverá ser ‘agente’ – 22/12/2024 – Ronaldo Lemos Read More »

1732935695674a800f536ee 1732935695 3x2 rt

Austrália: Software barato ameaça lei de redes sociais – 22/12/2024 – Tec

Um software barato capaz de enganar sistemas de verificação de idade colocou em dúvida a execução de uma lei da Austrália que proíbe o uso de redes sociais por menores de 16 anos. O alerta foi feito por uma empresa que está testando a aplicação da legislação. A Austrália aprovou no mês passado uma lei pioneira no mundo que impede qualquer pessoa com menos de 16 anos de se registrar em serviços de mídia social, incluindo Instagram, X, Facebook e Snapchat. A nova lei, que entra em vigor em novembro de 2025, colocará a responsabilidade nas empresas de tecnologia para impor o limite de idade ou enfrentar multas potenciais de até 49,9 milhões de dólares australianos (US$ 31,9 milhões) por violações sistêmicas. O governo australiano encomendou um teste de 3,4 milhões de dólares australianos (R$ 12,94 milhões) para ajudar a determinar como será aplicada a nova lei e os métodos mais eficazes que as empresas de tecnologia podem adotar para cumprir a regra. O teste está sendo coordenado pela empresa britânica sem fins lucrativos The Age Check Certification Scheme e envolverá um teste ao vivo com 1.200 pessoas a partir do próximo ano. Tony Allen, fundador e diretor executivo, disse ao Financial Times que o teste avaliaria diferentes métodos de verificação de idade incorporando “vetores de ataque” que poderiam ser usados para enganar os sistemas. Eles incluem o uso de identidades falsas, troca de rostos, software deepfake e VPNs (redes privadas virtuais) que mascaram a localização do usuário. Allen afirmou que as maiores preocupações eram em torno de métodos fáceis de usar, baratos e escaláveis —como um software que pode fazer uma pessoa parecer 10 anos mais velha— que menores de 16 anos poderiam usar para burlar a lei. “Isso tornaria a verificação de idade inútil”, comentou. Ele estava menos preocupado com a ideia de que crianças com conhecimento técnico facilmente contornariam qualquer ferramenta de verificação usando software caro e métodos sofisticados. “Crianças que poderiam fazer isso não estão interessadas em se inscrever no Facebook ou assistir pornografia online. Elas provavelmente tentariam invadir o FBI”, disse. Allen indicou que não há “bala de prata” para verificar idades, com métodos variando desde o uso de documentos oficiais até técnicas menos precisas, como estimativa de idade baseada em tecnologia de reconhecimento facial ou de mãos. O governo australiano incluiu especificidades na lei de que ninguém deve ser obrigado a fornecer identificação governamental —como uma carteira de motorista ou um cartão de saúde— para se registrar em empresas de mídia social, devido a preocupações com a privacidade. Isso significa que as empresas de mídia social provavelmente terão que desenvolver uma variedade de opções para os usuários verificarem sua idade. O governo australiano admitiu que não espera que a proibição de mídia social seja completamente infalível. Allen disse que a lei significava que as empresas de mídia social agora estariam sujeitas ao mesmo tipo de restrições e responsabilidades que empresas de jogos de azar online, provedores de cartão de crédito e varejistas que vendem álcool, garantindo que nenhuma criança usasse seus serviços. Dada essa responsabilidade, a verificação deve se tornar mais rotineira ao longo do tempo, afirmou. O teste, que deve apresentar resultados em junho, será crucial para definir como a aplicação da proibição da Austrália deve progredir, mas também servirá de parâmetro para outros governos que tentam melhorar a segurança online para adolescentes e crianças. Folha Mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes. “O mundo está assistindo”, comentou Mimi Zou, professora de direito da Universidade de New South Wales e conselheira do Ministério da Justiça do Reino Unido. O debate sobre como implementar a lei australiana ofusca um ponto mais amplo, acrescentou ela. “O mais importante é que uma mensagem foi enviada para as big techs [de que] a Austrália está pronta e preparada para fazer isso, mesmo que não funcione. As empresas de mídia social estão sendo informadas de que devem ir muito além para criar espaços seguros para crianças.” Fonte

Austrália: Software barato ameaça lei de redes sociais – 22/12/2024 – Tec Read More »

17346315786764609adc203 1734631578 3x2 rt

Dólar nas alturas, fake news e embate nas redes sociais – 23/12/2024 – Encaminhado com Frequência

A alta do dólar se tornou um dos principais assuntos das redes sociais no último mês. Até o momento, a batalha no campo da comunicação foi amplamente vencida pelos opositores ao governo, com destaque aos ataques sofridos por apoiadores que discordam das decisões tomadas no campo econômico. Nos grupos públicos de WhatsApp e Telegram analisados pela Palver, houve um intenso fluxo de mensagens que extrapolou os grupos de discussão política. O pico de menções ocorreu no dia 29 de novembro, um dia após o dólar ter ultrapassado os R$ 6. No final de novembro, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que iria taxar em 100% os países membros do Brics caso o bloco criasse uma moeda que substituísse o dólar. A possibilidade de criação da moeda dos Brics despertou o debate nas redes sociais, principalmente nos grupos públicos de mensageria. Essa discussão foi resgatada nas redes ao longo da última semana. Usuários do WhatsApp acusaram o governo de propositalmente desvalorizar o real frente ao dólar com o objetivo de inviabilizar a moeda americana, abrindo, dessa forma, espaço para que a nova moeda dos Brics ganhe força. Na última semana, houve uma tentativa de apoiadores do governo de emplacar o argumento de que a disparada do dólar se deu por conta de uma mensagem enganosa envolvendo o próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. O post teria sido realizado no X (ex-Twitter) e atribuiu a Galípolo uma citação de que a alta do dólar seria artificial, levando a AGU (Advocacia-Geral da União) pedir para que Polícia Federal e CVM (Comissão de Valores Mobiliários) investigassem a possível manipulação do mercado. Na amostra da Palver não foi identificado nenhum movimento automatizado com disparos tentando emplacar a falsa citação de Galípolo. Além disso, os prints e conteúdos sobre isso já traziam a marca de que o conteúdo teria sido checado e identificado como falso. As primeiras menções ao tema ocorreram justamente por conta da notícia de que uma fake news teria alterado as expectativas do mercado. Colunas e Blogs Receba no seu email uma seleção de colunas e blogs da Folha Nos grupos de esquerda, a existência do post falso foi utilizada pelos usuários para dar explicações sobre a alta da moeda americana. Os usuários argumentam que a prova de que o mercado teria sido manipulado é que o dólar passou a cair logo após as notícias indicando que a AGU teria pedido para que a PF investigasse o caso. Nos grupos de direita houve um grande número de menções relacionadas ao pedido da AGU, mas sempre com ironia e sarcasmo. Uma das mensagens acusava o presidente Lula de tentar jogar a responsabilidade pela alta do dólar em um meme. Além disso, os usuários criticaram jornalistas e veículos de mídia que reproduziram essa narrativa. Gabriel Galípolo teve um papel central nessa discussão nas redes sociais. Primeiro, por conta da existência do post falso atribuindo a ele uma falsa citação. Depois, quando afirmou que o dólar não subiu por conta de um ataque especulativo do mercado, foi amplamente repercutido nos grupos públicos de direita no WhatsApp como estratégia para desmontar o argumento utilizado pela esquerda de que o mercado estaria propositalmente sabotando o governo. As falas de Galípolo repercutiram também nos grupos de esquerda. Usuários criticaram fortemente o indicado do presidente Lula, apontando que ele sempre votou de acordo com o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e que a única vez em que o voto foi desalinhado foi para defender juros maiores. Ainda nos grupos de esquerda, Galípolo foi acusado de ter sido doutrinado pelo mercado e que a política econômica do governo não deve se alterar com sua chegada. As críticas da esquerda respingaram também no ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pois suas medidas estariam, segundo os usuários, atendendo à Faria Lima e prejudicando o país. LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo. Fonte

Dólar nas alturas, fake news e embate nas redes sociais – 23/12/2024 – Encaminhado com Frequência Read More »